Temas para o Enem 2019
Discurso de ódio na internet
O acesso à internet possibilita a inclusão social e a troca de
experiências entre pessoas de diferentes lugares, mas é o discurso de
ódio que tem chamado a atenção com a popularização das redes sociais.
Para Megy Abrão, os posicionamentos extremos na rede podem ser abordados
com o tema “Os efeitos da cultura de ódio na internet”,
promovendo a reflexão sobre os motivos que levam os usuários a serem
agressivos e se juntarem em grupos para propagar preconceitos e atacarem
indivíduos ou ideias com os quais não concordam.
Já Daniela Loro aposta em “Letramento Digital” como
possibilidade de abordar o discurso de ódio. “É óbvia a dificuldade em
lidar com a ferramenta (internet) e com a pluralidade de ideias”,
destaca a professora, questão que ela considera como um paradoxo da
chamada “Era da Informação”.
Volta de doenças erradicadas ou Movimento Antivacina
Doenças consideradas erradicadas após a massificação das vacinas estão voltando a aparecer, como é o caso do Sarampo no Brasil.
O principal motivo para o ressurgimento das doenças é o crescimento
do movimento conhecido como antivacina, pessoas que são contra a
imunização e colocam em risco a saúde pública. “Esse tema se relaciona
com responsabilidade social e, sem dúvidas, traz implicações graves ao
país”, ressalta Daniela.
Temas da área da Educação
Os temas ligados à Educação e ao ambiente escolar também estão entre
as apostas dos professores para a redação do Enem 2019. Veja quatro
possíveis assuntos:
Alfabetização: Gabriela
de Araújo chama a atenção para as 11,5 milhões de pessoas acima de 15
anos analfabetas, uma taxa de 7% de analfabetismo segundo dados do IBGE.
Os participantes podem falar sobre o direito à educação, fazendo um
comparativo com os dados escolares dos brasileiros e propondo soluções
para minimizar tal desigualdade.
Evasão Escolar: Como
o Brasil apresenta a terceira maior evasão escolar do mundo - dados
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) – o tema é
importante para ser abordado no Enem 2019. É possível se sair bem
fazendo uma análise do perfil das pessoas que mais abandonam os estudos e
seus motivos, trazendo uma solução para esta parcela da população.
Educação Domiciliar: Projeto
de Lei do atual Governo (que pode mostrar um posicionamento da nova
temática do Enem), a Educação Domiciliar pode ser abordada levando em
consideração a qualidade da educação brasileira e de que maneira o
estudo em casa pode ser positivo.
Violência nas Escolas:
Daniela Loro destaca os acontecimentos recorrentes de violência nas
escolas e a necessidade de reflexão sobre o tema. “Um espaço para o
desenvolvimento do saber e formação cidadã, ao se transformar em um
território agressivo, significa também declínio das instituições
familiares, políticas e sociais”, ressalta.
A violência no Brasil e a redução da maioridade penal
O atual governo aposta na redução da maioridade penal como diminuição
do envolvimento de jovens nos crimes, mas há uma discussão se essa é a
melhor saída ou se haverá um aumento no número de prisões e crescimento
do já sobrecarregado sistema prisional brasileiro. Os estudantes
precisam usar as estatísticas atuais para se posicionarem sobre a
temática.
Uma forma de abordar o tema é a analisar os motivos que levam os
jovens ao crime. Megy ressalta que de aproximadamente 60 mil pessoas
assassinadas em 2017, a maior parte é composta por jovens, geralmente
negros e que moram nas periferias de grandes cidades.
Migrações e a questão dos refugiados
O Brasil é um país que recebe imigrantes e refugiados diariamente, em
especial os venezuelanos que buscam refúgio em terras brasileiras,
sendo a porta de entrada o estado de Roraima. Megy aposta na
possibilidade de se abordar os ataques aos estrangeiros que se encontram
nessa condição e como combater a xenofobia.
Combate à depressão na sociedade brasileira
O número de suicídios no Brasil chama atenção para os efeitos da
depressão na vida das pessoas, doença que, por vezes, é neglicenciada.
Uma redação do Enem com tal tema pode trabalhar as políticas públicas
para prevenção de suicídios, assistência para quem tem depressão ou
outras doenças psiquiátricas e estimular a busca pelos cuidados com a
saúde mental.
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